As armadilhas da mente e a liderança

Existem diversas definições sobre a arte de liderar pessoas. Aqui, podemos considerar que um líder significa ter a capacidade de se comunicar e influenciar positivamente as pessoas para alcançar uma determinada meta

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Foto: Reprodução/Internet
Para atuarmos como líder faz-se necessário primeiramente se autoliderar, ou seja, ser capaz de ter a consciências dos seus comportamentos e discernimento para tomada de decisões de forma eficiente e eficaz. Para alcançar esse resultado é necessário vencer as armadilhas da mente.
Para o psicólogo e escritor Dr. Augusto Cury (2010), todos nos devemos vencer as quatro armadinhas da mente humana; “o conformismo”, “o coitadismo”, “o medo de reconhecer os erros” e o “medo de correr risco”.
O conformismo: A resposta mais fácil para os desafios da vida, denominada como “…arte de se acomodar, de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades…” (CURY, 2010, p.48). Esse comportamento defensivo freia os processos de mudança e de desenvolvimento pessoal e organizacional. O conformismo acarreta numa interminável lista de desculpas e motivos para não implementar treinamento, melhores práticas entre outras.
O coitadismo: representa o alto nível de conformismo, “é a arte de ter compaixão de si mesmo” e mais “ele vai além do conformismo que não é capaz, ele entra na espera da propaganda do sentimento de incapacidade” (CURY, 2011 p.53). Este comportamento de disseminar: “Sou lerdo mesmo”, “Não consigo fazer nada direito” “Não tenho capacidade de fazer isso”. São severamente nocivas para pessoa e para o ambiente organizacional. Geralmente é avessa a mudança, pessimistas e passivos diante da vida. Consequentemente torna-se uma fuga para implementar qualquer processo que acarrete em mudanças.
O medo de reconhecer erros: Liderança tem de estar alicerçada na humildade e na capacidade de olhar para si próprio e fazer mudança, para isso é necessário reconhecer erros, ou talvez, não pensar em erro ou acerto, mas em resultados positivos e aprendizados. É fato que mais inteligente é aprender como os erros dos outros, entretanto, te convido acreditar que talvez, esse medo exacerbado de errar e ser sumariamente condenado pode afetar os comportamentos, principalmente a capacidade de ousar e inovar.
Sugiro considerar que errar é humano, e aprender a reconhecer os erros, e encará-los como oportunidade de aprendizado é ato de sabedoria. Esse medo de reconhecer os erros pode conduzir a uma fuga de responsabilidade e alcançar a a quarta armadilha.
 O medo de correr risco: O medo pode ser um dos nossos piores inimigos, ou nosso amigo e professor, ou seja, como inimigo pode nos neutralizar, congelar, e nos levar a inércia. Como professor pode nos permitir refletir e desenvolver a capacidade gerenciar o medo, não de ser uma pessoa ausente de medo, mas que saiba enfrentar os medos com cautela e transformá-lo em oportunidade de desenvolvimento. Imagine um funcionário que trabalhe com uma guilhotina de papel e que não tenha nenhum medo das “facas” isso poderá acarretar em um grave acidente, porem não adianta também ele ter um medo exacerbado, elevado que impacte no seu trabalho. O ideal seria considerar o risco/medo, e gerenciá-lo buscando o melhor modo de trabalhar onde consiga convergir segurança, qualidade e produtividade.
As quatro armadilhas sinalizadas podem paralisar o ser humano e impactar na sua capacidade de liderar. A mente humana tem capacidade imensa e necessita ser gerenciada. Mais do que gerenciar coisas e processos, precisamos pensar em gerenciar nossos pensamentos e as pessoas o que esta ligada ao papel do líder.
Nesse sentido vamos refletir sobre os comportamentos do líder, conforme o estudo realizado pela Ken Blanchard Companies (2006) com 1400 lideres sinalizou três habilidades críticas para necessárias para liderança, sendo: comunicação, a gestão eficaz das pessoas e a empatia. (KRAUSZ, 2007).
O que evidencia a necessidade do líder ser um bom comunicador e que consiga ter empatia, ou seja, colocar-se no lugar dos outros além da a capacidade de gerir pessoas.
As situações organizacionais nos levam a confrontar com diversos desafios seja o líder com sua própria mente, seja com a concorrência de mercado, porém essencialmente no que tange ao relacionamento com as pessoas, que demanda uma clareza no estabelecimento e comunicação das metas e no desenvolvimento de sua equipe.
Talvez o gerenciamento eficaz de pessoas começa pelo gerenciamento de nos mesmos. No sentido de reconhecermos nossos comportamentos e buscar a excelência no nosso modo de liderar. Nesse sentido destaco como alternativa um modelo de liderança calcado no coaching para o alcance da excelência.
De acordo com Rosa R. Krausz “ coaching é um tipo especial de colaboração que expande a consciência e a aprendizagem e permite a obtenção de resultados com menos esforço e em menos tempo” (KRAUSZ, 2007, p.28).
Conforme destacado pela autora Coaching possibilita expansão da consciência e o aprendizado. O que vai ao cerne da questão da liderança. Um dos maiores desafios que os lideres é despertar da consciência dos seus liderados frente aos objetivos e a produtividade em um contexto total da organização.
O processo de Coaching integra os conhecimentos de diversas ciências, com o objetivo de levar o individuo a alcançar excelência. O Coaching possibilita o desenvolvimento humano, fornecendo o foco necessário e a motivação para mobilizar e realizar as ações que conduzam para o resultado almejado.
O Coaching apresenta-se como alternativa para o profissional no sentido de ajudar a vencer as armadilhas da mente, oferece um feedback real e pragmático para contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional, seja potencializando resultados em nível pessoal, bem como sua capacidade de liderar e gerar resultados para as organizações.

Referências.
CURY, A. O código da Inteligência e a excelência emocional.Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2010.
KRAUSZ, R. R. Coaching Executivo: A conquista da liderança. São Paulo: Nobel. 2007.
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